Arma carregada. Cheia
com a melhore das intenções. Mira no bandido. Acerta a mocinha. E agora? Vai
culpar a vítima por ter se posicionado a 45º a direita da sua mira, pegando de
frente a bala que saiu da sua arma?
Como pode alguém querer responsabilizar o outro, que nada
fez além de escutar, pelo sentido de nossas palavras? Não concordo.
A palavra é nossa arma, o sentido a direção. Errou a mira?
Culpa tua! Somos responsáveis por tudo o que fazemos, isso inclui, claro,
falar.
É por isso que acredito ser imprescindível para uma vida
saudável entre as pessoas, o aprendizado da comunicação. Esta é nossa arma
mais potente e pode em alguns casos, chegar ao cúmulo de cometer um suicídio
involuntário.
Se é para matar ou fazer viver. Que se faça consciente.
Ninguém diz que não gosta de você com intenções de dizer que
gosta. A palavra é simples, assim como seria nossa vida e nossas
relações, se não colocássemos tanta coisa entre elas.
Quer falar algo importante? Pense antes. Imagine as
possíveis formas de se falar uma mesma coisa. Quase sempre não há muitas , há
apenas uma, a verdadeira e direta.
A mania de dar voltas nos complica, implica em mais
palavras, mais sentidos a serem desvendados e vai levando quem está na sua mira
para o alvo.
Seja claro. Seja simples. Seja honesto e muito provavelmente
sua pontaria estará em melhor forma.
Palavras, assim como balas ou flechas, não fazem curvas, vão
aonde nós mandamos e uma vez soltas, não voltam. Ferem. E acredite, é mais
fácil consertar uma arma do que corrigir a cicatriz. Por isso fica aqui minha
dica.
Deixe as desculpas para os outros. Use sua arma e acerte
onde mira, ou vá ao enterro das suas boas intenções vestindo um terno listrado.
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