13 de setembro de 2006

Pipoca e Prada

Saltos menos altos que o som das moças falando sobre a bolsa da vizinha. A pipoca pulava dentro da casinha de vidro. Fotógrafos fingiam desconhecer alguns “ninguéns” em meio a tantos “qualquer-coisa-por-tempo-indeterminado”. Gorduras zero desfilavam em saltos stiletos, vez ou outra, presos na escada rolante.
Pipocas prontas e enfileiradas a espera de alguém faminto. Mulheres enfileiradas famintas não comem pipoca, engorda (junto com o convite para a “ premier ” vem um vale pipoca, a minha acabou na fila...). O diabo vestia Prada na tela, as mocinhas ao lado eram vestidas por Prada.
Uma mocinha talentosa para as letras e nem tanto para a moda. Chefe maravilhosamente fria e calculadamente eficiente. Transformação da secretária cafoninha em Carry morena. Roteiro previsivelmente divertido. Roupas e maquiagens sonhadas por qualquer mulher dentro da sala (Gigi inclusa). Carolinda sentadinha ao meu lado, ouvia meus comentários enquanto pensava numa maneira de me convencer a ir para a festinha depois do filme. Eu pensando na pipoca que não deveria ter comido na fila.

Tudo isso numa terça feira qualquer de uma cidade chamada São Paulo e com um final tão previsível como o filme; Gigi na festinha e a Carol esperando quem “não queria nem pisar em festa terça feira”.

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