10 de setembro de 2006

Vulnerabilidade da alma urbana


Fui convidada a participar de uma exposição coletiva que deve começar em novembro. O problema é que cansei de todos os meus quadros.
Se eu não tinha certeza da minha arte, agora não tenho mais dúvidas da minha loucura. E num rompante de criatividade resolvi me reinventar.

Acordei decidida a mudar. Tirei tudo do meu atelier, tintas, telas, pincéis... Ficaram os livros e meu computador. Comprei uma câmera nova, já que a minha morreu afogada num copo de vodka, (pelo menos era Grey goose).

Decidida, fui em busca da essência da solidão urbana, da vulnerabilidade da alma desta cidade(estou em dúvida em relação ao tema).
Algumas fotos depois, percebi que ainda não estava conseguindo enxergar as coisas de um modo diferente.

O problema era comigo. Senti que meu olhar estava ainda viciado, cru, sem rumo.
Não tive dúvida. Fui direto ao cabelereiro e pedi que cortasse tudo! Eu quero me reinventar falei e ele “Querida, você pode se reinventar como quiser, mas eu te conheço muito bem e sei que quando essa fase passar vai querer se reinventar de cabelo cumprido e não vai dar.

Cortamos um pouco e depois, se você ainda quiser concluímos sua loucura”. E para sorte e vida longa dos meus cabelinhos, encontrei o caminho e a foto que eu tanto buscava, pelo menos a primeira de muitas que virão .


As vezes mudar faz bem!

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