Depois de alguns dias de guerra com a speed, este blog volta a vida normal...
Dezembro chegou, como sempre, mais rápido do que imaginávamos.
É incrível, como o tempo, embora digam ser regular, parece correr cada vez mais rápido.
E nós, que não somos os mesmos, estamos mais lentos, ainda que munidos da tecnologia, esta, mais rápida que o tempo. É o paradoxo da ansiedade.
Nós, da geração que sonhava com uma vitrola nova no natal, filhos de pessoas que desenrolavam seus drops dulcora em histórias de bicho-papão, estamos envelhecendo antes de viver.
Ainda que vivamos cada vez mais, os anos se encolhem de tal forma que a ansiedade sobre o futuro, destrói o presente.
Quantas vezes ouvimos “O futuro é agora, não deixe para amanhã”?
Estamos perdidos entre os tempos do verbo ser.
Nós "seremos" ou "fomos". Não somos mais nada.
Nosso presente foi engolido pelo passado e pelo futuro.
A informação, fantasiada de ansiedade, não nos dá mais o direito de pensar, de procurar e decidir.
A informação é tanta que optamos pela sorte.
Meu sobrinho adolescente contou sobre o trabalho de final de ano, estava pesquisando a colonização e industrialização do Brasil.
Lembrei logo da enciclopédia Barça, do Atlas e dos passeios com a escola à Ouro Preto, museu do índio, metalúrgicas...
Eu copiava os desenhos com papel carbono (alguém ainda usa o papel carbono?). Passava horas escrevendo tudo e se errava, era só passar liquid paper.
Meu sobrinho não escreve desde a última listinha de natal.
Enciclopédia para ele, é alguma palavras difícil usada por professoras só para complicar, e pesquisa significa internet, cópia e impressão.
O que eu levava dias para fazer, ele faz em minutos.
Daí a pergunta volta a me assombrar.
Dezembro chegou, como sempre, mais rápido do que imaginávamos.
É incrível, como o tempo, embora digam ser regular, parece correr cada vez mais rápido.
E nós, que não somos os mesmos, estamos mais lentos, ainda que munidos da tecnologia, esta, mais rápida que o tempo. É o paradoxo da ansiedade.
Nós, da geração que sonhava com uma vitrola nova no natal, filhos de pessoas que desenrolavam seus drops dulcora em histórias de bicho-papão, estamos envelhecendo antes de viver.
Ainda que vivamos cada vez mais, os anos se encolhem de tal forma que a ansiedade sobre o futuro, destrói o presente.
Quantas vezes ouvimos “O futuro é agora, não deixe para amanhã”?
Estamos perdidos entre os tempos do verbo ser.
Nós "seremos" ou "fomos". Não somos mais nada.
Nosso presente foi engolido pelo passado e pelo futuro.
A informação, fantasiada de ansiedade, não nos dá mais o direito de pensar, de procurar e decidir.
A informação é tanta que optamos pela sorte.
Meu sobrinho adolescente contou sobre o trabalho de final de ano, estava pesquisando a colonização e industrialização do Brasil.
Lembrei logo da enciclopédia Barça, do Atlas e dos passeios com a escola à Ouro Preto, museu do índio, metalúrgicas...
Eu copiava os desenhos com papel carbono (alguém ainda usa o papel carbono?). Passava horas escrevendo tudo e se errava, era só passar liquid paper.
Meu sobrinho não escreve desde a última listinha de natal.
Enciclopédia para ele, é alguma palavras difícil usada por professoras só para complicar, e pesquisa significa internet, cópia e impressão.
O que eu levava dias para fazer, ele faz em minutos.
Daí a pergunta volta a me assombrar.
Onde foi parar o tempo economizado com toda essa tecnologia?
O que aconteceu com aquele tempo que ainda sobrava para dar corda nos relógios de bolso que nunca atrasava?
Para onde foram às férias tiradas em Rolleiflex e aplaudidas no slide, numa tarde de groselha com biscoitos piraquê?
“Em busca do tempo perdido”, estou tentando encontrar algumas respostas.
O que aconteceu com aquele tempo que ainda sobrava para dar corda nos relógios de bolso que nunca atrasava?
Para onde foram às férias tiradas em Rolleiflex e aplaudidas no slide, numa tarde de groselha com biscoitos piraquê?
“Em busca do tempo perdido”, estou tentando encontrar algumas respostas.
Por enquanto, Proust me deu ótimas perguntas e mais vontade encontrar tempo para ler mais e melhor.
6 comentários:
Meus parabéns pelo seu post. É verdade, muitas coisas foram se acabando por causa desta tecnologia espantosa em que vivemos hoje. Abraços!
Giovanna,
Está muito legal seu blog... e definitivamente onde vai parar o tempo... nossa...
é isso! nota 10!
que tempo bom, que não volta nunca mais...parabéns eplo blog!!!
Parabéns pelo blog! Adorei!
Quanto ao tempo perdido, realmente, sendo jovens ou não, não temos "todo o tempo do mundo"...rs
Confesso que quando tenho um tempo livre fico agoniada às vezes. É mole??
A internet ajuda, mas tira muito da gente...
Tudo fica no computador, tudo é internet...
Esses dias comprei uma agenda pra escrever e visitar clientes, já tinha esquecido que escrever é bom, e faz bem pra mente...
Comecei a sentir essa pressa que o tempo tem de uns tempos pra cá...
Agora o speedy... Somos dois... Não aguento mais ligar na telefonica...
Para recuperar o tempo perdido, faça como Proust e continue escrevendo/criando.
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