A história não começa aqui, mas é daqui que vai continuar. O menino ao lado, que embora já tivesse uma história sua para contar, resolveu entrar no meio desta pra mudar o final sem graça que já tinha passado da hora de acabar.
Eles estavam sentados numa adega esquentando suas idéias com muito vinho e um pouco de pimenta, que arde os olhos, mas faz ver a verdade. O menino vinha de longe, de um castelo que não era encantado, sem princesa e nem risadas. Comeu muitos pastéis, não contou piada, deu risadas e no final do domingo frio foi que a coisa toda aconteceu.
Conheceu a bruxinha malvada, que de Malvada, só tinha o nome, herdado de uma antiga planta, Malva sylvestris, usada para curar a infelicidade. Tudo isso e mais as estrelas foi o que contou a bruxinha naquela noite ao menino. Ele, sem querer que a noite acabasse, tirou uma música tão linda do seu violão que Cronos, o deus do tempo, comovido, ofereceu muitas horas a mais para que a noite do menino e da Bruxinha não acabasse.
Conta à lenda que os dois fugiram juntos e nunca mais foram vistos, mas nas noites frias de inverno, quando Bacos é chamado e taças de vinho oferecidas, ouve-se ao longe a música do menino, tocando para a Bruxinha...
3 comentários:
sim, sim... todos os apaixonados ouvem esses acordes...
sim, sim... todos os apaixonados ouvem esses acordes...
Esse conto está guardado em um lugar especial!!!Como vc teve o Dom de colocar em palavras um dia ,que começou como outro qualquer,porém mais frio, e terminou em uma história que foi super interessante por si só,porém melhor ainda contada por vc!!!Mil Beijos
Imaginação condensada.
Valeu a pena voltar aqui para saber das novidades.
Beijo & stay naughty.
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