24 de dezembro de 2010

Hora de férias


Hora para acordar, hora para dormir. Jantar de aniversário. Reuniões. Nossa vida acontece nestes pequenos intervalos entre todos os compromissos do dia a dia de quem mora e trabalha numa cidade grande. As férias são curtas, mas imprescindíveis. É preciso parar um pouco, se acalmar e não ter que pensar ou sair correndo com hora marcada. Nossa cabeça pede descanso.


Então agora basta colocar as havaianas na mala, muitos biquínis, e me mandar certo? Tudo errado. Minhas férias nem começaram e já estão acabando comigo. Recebo e-mail mandando reservar um tal jantar do dia 29 antes que não tenha mais vaga. Os mergulhos em Noronha tbem devem ser reservados e pagos. Meu Deus, da última vez que estive nessa ilha, ainda havia uma brisa com jeito de férias no ar.


Convite da festa de reveillon, da festa do dia 2 e por ai vai. Quer saber. Cansei. Não vou reservar mais porcaria nenhuma. Não pago mais nada e se não tiver lugar, sorte a minha que não vou ter que encontrar um bando de neuróticos que já programaram o verão antes mesmo do sol chegar. Como vou saber se quero ou não jantar no dia 29 de janeiro. Oi, estarei em Noronha de férias.


Juro que eu ainda acreditava que férias significava sem preocupações. Eu nem sei se voltarei da praia ou se vou comer um peixe assado lá mesmo. Se eu aceitar tudo o que estão me propondo, não terei nem um dia de surpresa. Tudo será previamente programado, menos o bem estar de se sentir absolutamente livre e sem compromisso. Ja pensou ter que colocar relógio na ilha mais distante do continente? Pior, querem que eu ande com uma agendinha ( não sei como ainda não mandaram colocar este item na mala) para não perder tanto compromisso.


Decidi. Eu vou para Noronha com meu chapéu, minha havaiana e meus livros. Também vou levar umas latina de atum e algumas barrinhas de cereais. Comer bem, eu como em SP, férias para mim é liberdade, hora marcada, to fora.

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