Quase meia noite. Hora de voltar para casa. Esta tem sido minha rotina no último mês. Na impossibilidade de me comunicar e obter resultados com os construtores do meu portal, resolvi aprender a língua deles.
No primeiro dia de aula, confesso, voltei para casa mais cansada do que depois de correr uma meia maratona. Para relaxar, apenas meu piano.
Alguns dias entre os poucos alunos, todos com experiência e eu já sentia os olhares. Coitada, essa aí é uma panaca, deveriam pensar. Eu mal sabia os nomes das ferramentas, quanto mais encontra-las. O professor falava stroke e para mim era stop. Voltava para casa com a mesma coisa na cabeça. E eu que acreditava ser difícil tocar piano. Via aquelas formas, carros, garrafas, relógios, tudo desenhado por alunos, objetos em 3D e eu sofrendo. Instalei os programas em meu computador (nem isso eu tinha, imagina só) e passei as horas que passava no piano colocando informações em minha mente.
E não é que aprendi. Acabo de fazer um carro tridimensional, latinhas de bebidas, capas de livros, e muito mais..
Posso dizer que estou a alguns passos do que preciso para fazer o que quero, basta treinar e pronto. Nada que alguns meses não resolvam.
Alívio? Quase.
Voltei ao piano e agora sim entendo, minhas músicas ainda precisam das ferramentas effect, sharp, gradiente. E isso, só anos de treino e conhecimento.
Mais uma vez comprovo a diferença entre informação e conhecimento. Computação é informação, piano é conhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário