13 de maio de 2011

Minha pilha de inspiração

Tenho a sorte de receber a Trip e a TPM todo mês de presente.
Não costumo ler revistas, por falta de tempo, não interesse. Mas no caso destas, vou empilhando os pacotes pretos na mesa do escritório como presentes esperando para ser abertos. Minhas colegas de trabalho já sabem. Como recebo muitas revistas e sou apenas uma, peço que levem para elas, todas, menos as do embrulho preto.
Até que alguém desmarca uma  reunião, ou eu cancelo um almoço e, para alegria da Claudia, a moça que limpa e se espanta com minhas pilhas na mesa, abro uma e leio do começo ao fim. No final da revista, onde moram as crônicas, minha parte favorita, acontece um fenômeno, sempre igual. Noto que a caixa de e-mails está transbordando e o telefone atrapalha o som do meu chiado (leio sussurrando, mania antiga). Hora de voltar ao trabalho.

É justamente neste ponto que tenho certeza que assim como eu, somos todos substituíveis. Lembro de algum desses mestres da auto ajuda, que nunca ajudam, mas no meu caso, serve bem de desculpa e aplico a linda frase. “Se você não vê, o problema não existe. Pense positivo e tudo vai se resolver.” Fecho o lap top, desligo o celular e cometo o crime.  Mais um envelope negro estraçalhado. Desta vez com sabor de contravenção. Eu poderia estar presa no transito, na cadeira de um dentista ou sofrendo um sequestro relâmpago. Tudo isso é totalmente compreensível, certo? Sabe qual a diferença?

Ao sair desta “enrascada”, no lugar de tensão ganho inspiração. A vida volta ao normal, e meu muro das lamentações abre espaço na mesa para novos textos. Desta vez foi especial. Fiquei comovida com o lindo texto do diretor editorial, Fernando Luna sobre a mãe. Confesso que desejei por um momento envelhecer trinta anos para saber o que diria o meu filho. Leiam e apaixonem-se por esta relação bonita e delicada.

Um comentário:

Angela Senra disse...

Eu adoro suas crônicas, você é o máximo. Beijo