O fenômeno do Facebook e das mídias sociais em geral mostram
um fato novo, alarmante. Estamos todos expostos. Não apenas os filmados, pegos
em flagrante em momentos íntimos ou situações constrangedoras, mas as pessoas
por trás das câmeras.
Que tipo de desejo mórbido existe na mulher que filma o
assassinato de um cão? O que passaria na cabeça dela naquele momento?
Certamente ela não estava torcendo para que a mulher parasse, se estivesse,
teria gritado, chamado ajuda. Mas não. Ela segue firme, filma cada momento a
espera do grand finale ( que eu não vi, pois não consigo assistir este tipo de
coisa).Mas o que então?
Pensaria ela na quantidade de visitas que teria seu filme?
Desejaria um desfecho dramático? Vendo por aí, quem é mais perversa? Uma mulher
visivelmente descontrolada, movida por um ódio doentio, ou uma calma pessoa que
simplesmente assiste a tudo sem interferir, sem mostrar nenhum sentimento.
O que faria esta mesma mulher que filma, caso a tal
enfermeira resolvesse matar também a criança? Continuaria filmando?
O que faz com que um menino simplório que bêbado, reclama
diante da câmera nas mãos do irmão, da sua carência, da falta de cutucadas no
Facebook? Esse mesmo meninos tornou-se famoso, tem mais de três páginas no Facebook
e milhões de cutucadas. Tudo isso porque? Porque ele se expôs. Ele trocou sua
privacidade por um bocado de atenção. Mas e agora, como é o resto da história
deste menino que se apresenta como o “Cutuca”?
Certamente temos nas mãos uma arma poderosa, mas será que sabemos como usa-la? O poder nunca
esteve tão acessível, nem o perigo.
Um homem mau sem poder, será apenas um homem mau, mas dê poder a ele e verá o tamanho do estrago.
Um homem mau sem poder, será apenas um homem mau, mas dê poder a ele e verá o tamanho do estrago.
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