21 de setembro de 2012

Screw Art

"A arte, felizmente, ainda não soube encobrir a verdade." Oscar Wilde

Muita gente tenta entender a arte, nomear, explicar. Eu acho que sua função é justamente o oposto. Confundir, emocionar, nos tirar do lugar seguro e propor outra forma de ver o que sempre esteve alí, bem diante dos nossos olhos.

Tudo pode ser arte, desde que você olhe para aquilo e entenda que alguém genial, que só pode ser chamado de artista, mudou uma coisa banal de lugar, e esta simples mudança criou o que já não se pode mais chamar de coisa.

Muitas vezes entro num museu e fico olhando até que o sentimento vem. Não me importo se sei o que o artista quis dizer, quis passar. 
Quando eu pintava, mesmo fazendo vários rascunhos, pesquisando sobre temas, mitos, línguas extintas, o que eu buscava era exatamente o que busco quando escrevo, tirar uma emoção de dentro do observador ( leitor). Não considero arte o que já está pronto. Acredito numa "parceria" entre obra e observador.

A arte deve tirar o que temos dentro, por isso, não basta ter aula de história da arte. É preciso viver, sentir, ter emoções prontas a traduzir o que enxergam nossos olhos. Quem admira, completa ou não uma obra. Uma pessoa vazia, dificilmente encontrará o que a arte nos dá. 

Um belo exemplo é Andrew Myers e seus parafusos. Tente não se emocionar ao dar de cara com uma de suas obras.

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