30 de agosto de 2006

Olhares passageiros

abril 2005


Um bar lotado. Musica alta. Pessoas a procura de carinho, outras de amor. Em cada rosto um pedido, mas a cada olhar, a duvida, e nada a oferecer. Sinto-me um pouco de todos, com um vazio maior. Buraco que por um momento parece se encher entre caipirinhas e blood marys derramados numa alma que procura a paz em meio ao caos.
Meus olhos passeiam entre tantos que me olham, ate tropeçar naquele que não olha, não busca, não pede nada, apenas sente o meu vazio e me contempla sem olhar. Num segundo eterno,de alma desnuda,o silencio consome minha mente, meus medos desaparecem.
Na fantasia de uma menina teimosa, o segundo passou, a menina partiu, mas sobrou a lembrança de um amor passageiro que deixou em seu lugar um sorriso tranqüilo de criança sonhando acordada...

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