30 de agosto de 2006

Porco Espinho

Novembro 2005


Espinhos e mais espinhos, estamos cobertos de espinhos.
Fadados a nos machucar com a proximidade, mas sem nunca perder essa vontade.

A solidão dos risos acaba por colocar uma gota de esquecimento em nossa memória, que sem pensar no passado,
tenta de novo o contato.

Mas somos porcos espinhos.
Será que não vemos que dói?
Sim, dói!E vemos, sabemos...
Mas e a solidão?

Somos porcos ou ermitões?
Podemos respirar sozinhos, comer sozinhos.
Mas aprenderemos a amar sozinho?

Pois é, com o tempo nossa alma aprende a controlar o corpo, aprendemos que a proximidade dói, mas a distancia mata.Então tentamos desesperadamente viver,ainda que cheios de cicatrizes, para que as cicatrizes não vivam dentro de nós.

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