10 de agosto de 2006

Shakespeare com humor


Discordo dos que são contra, tão pouco apóio os que idolatram Jô Soares. Ideologias à parte fui assistir Ricardo III e saí com dor nas costas, muita fome e louca para sentar num restaurante japonês(foi o que fiz, fomos ao Naga) falar sobre a peça, que aliás achei muito boa. Minha impressão foi de que o Jô resolveu tornar inteligível o que era mais complicado. Abusou de atores, economizou no cenário e mostrou a consciência das personagens de Shakespeare de uma forma muito interessante. Talvez tenha abusado também do físico de quem tem mais de 15 anos. Cadeiras como aquelas são tão cruéis que faz o próprio Ricardo parecer um doce. Tirar 20 minutinhos da peça, que no final se torna um pouco cansativa não faria mal nenhum (mas quem sou eu para tirar pedaço de alguma coisa, e ainda por cima de Shakespeare). Fiquei em dúvida sobre algumas passagens que me pareceram fugir um pouco do texto original. Depois de alguns sakês “on the rocks" , a conclusão, foi de que o texto é tão bom que vale a pena comprar uma almofadinha e assistir a montagem do Frateschi também.

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