18 de janeiro de 2007

Tudo muda o tempo todo

Mudanças! Muitas mudanças...
“Tudo muda o tempo todo no mundo”
Céu azul. Muitas velas para deixar a casa com a cara do quadrado.
A Iemanjá, que veio comigo da Bahia, ganhou lugar de honra entre as flores e pulseirinhas do Senhor do Bomfim.
Gérberas laranja sobre a foto da cratera paulistana do jornal, esperavam a vez de se tornar arranjos.
Sofá para fora. Nuvens.

Tapete e almofadas no chão. Será que vai chover?
Um recado no celular revela que as pessoas, como o tempo,também mudam.
Chuva fina dando ordens de colocar tudo para dentro de novo!
A quarta feira estava assim, com cara de quarta.

Nem pra lá, nem pra cá.
A noite chegou com vários amigos, meu bar ao ar livre e um pouco de chuva.

Teimosa, comprei as pressas uma lona gigante de cobrir caminhão (não é uma chuvinha que vai estragar meus planos e meu bar), e meu quadrado foi soterrado por um laranja estilo barraca de pastel!
Era chuva que ia e voltava, pessoas que chegavam e drinks que sumiam.
Visitas inesperadas, pessoas novas e surpresas boas.
Como o tempo, a previsão em relação as pessoas também erra.
Às vezes pessoas chuvosas são bem ensolaradas e eu que não sabia.
A festinha que deveria durar até no maximo 2hs, acabou as 5hs!
Três horas de sono depois e a dona da festa (que jurou nunca mais marcar compromissos na manhã seguinte à festas em casa) já estava na sala de espera da acumpultura.
Abro um parêntese para contar que, embora eu não beba muito, como bartender, devo experimentar a maioria dos meus drinks, isso quando os amigos não vem com aquela velha história de “Vamos virar uma pinguinha de gengibre e mel juntos? Ah você acompanhou o fulaninho e não vai me acompanhar...”
De volta a acupunltura; - Bom dia, seu coração está um pouco calado, dormiu bem a noite?
Os acupunlturistas são videntes? E lá vai uma agulhinha na mão. Mais sensível que de costume, fechei os olhos já imaginando a dor da picada no joelho machucado. – Sua pele está diferente. Ta bebendo bastante água?
Essa mulher só pode ser uma bruxa. Falava tudo isso de dentro da pureza oriental de um avental impecavelmente branco, enquanto a tal paz interior que eles tanto adoram era jogada na minha cara sutilmente.
Enquanto furava todos os pontinhos do que sobrou do corpo, contava que meu pulmão dava sinais de fadiga, ou melhor, cigarro ( eu não fumo,detesto cigarros, mas ontem,depois das pingas o cigarro acabou aparecendo na minha mão e de lá para o pontinho do pulmão na agulha da doutora foi mais um mistério que desisti de explicar).
-Pronto, agora relaxa querida, daqui a uma hora eu volto!
E a única parte em que eu esperava dormir tranqüila, só serviu para eu martelar ainda mais a mente me perguntando o que mais ela teria visto nos pontinhos e não falou.
Lição do dia seguinte: Nunca, em hipótese alguma, marque um compromisso as 8 da manhã depois de uma festa. E, mais importante que tudo, cuidado com as acumpulturistas, elas sabem de tudo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa tá de mais,Giovanna...
Parabéns!

beijão

Raquel

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