13 de agosto de 2012

Matando por Engano


Arma carregada.  Cheia com a melhore das intenções. Mira no bandido. Acerta a mocinha. E agora? Vai culpar a vítima por ter se posicionado a 45º a direita da sua mira, pegando de frente a bala que saiu da sua arma?

Como pode alguém querer responsabilizar o outro, que nada fez além de escutar, pelo sentido de nossas palavras? Não concordo.

A palavra é nossa arma, o sentido a direção. Errou a mira? Culpa tua! Somos responsáveis por tudo o que fazemos, isso inclui, claro, falar.

É por isso que acredito ser imprescindível para uma vida saudável entre as pessoas, o aprendizado da comunicação. Esta é nossa arma mais potente e pode em alguns casos, chegar ao cúmulo de cometer um suicídio involuntário.
Se é para matar ou fazer viver. Que se faça consciente.

Ninguém diz que não gosta de você com intenções de dizer que gosta. A palavra é simples, assim como seria nossa vida e nossas relações, se não colocássemos tanta coisa entre elas.

Quer falar algo importante? Pense antes. Imagine as possíveis formas de se falar uma mesma coisa. Quase sempre não há muitas , há apenas uma, a verdadeira e direta.
A mania de dar voltas nos complica, implica em mais palavras, mais sentidos a serem desvendados e vai levando quem está na sua mira para o alvo.

Seja claro. Seja simples. Seja honesto e muito provavelmente sua pontaria estará em melhor forma.

Palavras, assim como balas ou flechas, não fazem curvas, vão aonde nós mandamos e uma vez soltas, não voltam. Ferem. E acredite, é mais fácil consertar uma arma do que corrigir a cicatriz. Por isso fica aqui minha dica.

Deixe as desculpas para os outros. Use sua arma e acerte onde mira, ou vá ao enterro das suas boas intenções vestindo um terno listrado.  

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